Estranha forma de vida

Numa entrevista à SIC sobre o seu passado recente e futuro, Santana Lopes contou-nos hoje um pouco do seu comovente martírio. Ficámos a saber que ele:

- Teve pena de deixar a Câmara Municipal de Lisboa, “o trabalho mais lindo que há”, mas que “não (lhe) quiseram dar tempo nenhum e escolheram (logo) outro candidato” -após este desabafo fugiu a correr, com lágrimas a escorrerem-lhe pela face rosada. A muito custo, conseguiram com que regressasse ao estúdio, e replicasse - “(Mas) eu não me zango. As pessoas tomam decisões, há responsabilidades que se assumem…” – deixando um aviso ao PSD, enquanto soltava uma gargalhada maquiavélica – “Depois, quando for a altura, todos faremos o balanço”. Como forma de mostrar que eu cá pouco me importa, Santana Lopes disse ainda que tinha recebido “convites fantásticos” para câmaras como Felgueiras, Torres Vedras ou Montemor, o que só quer dizer não está “morto para a vida política” (que se saiba o PSD ainda não lhe propôs a liderança de Freixo-de-Espada-à-Cinta).

- Vai “voltar a exercer advocacia, dar umas aulas (o ar intelectual dá muito jeito p’ás babes do lux) e trabalhar para um grupo financeiro internacional”. Sim, porque “um ex-primeiro-ministro conhece muita gente (eu estava indeciso entre Relações Públicas da Kapital e Primeiro-Ministro precisamente por isso)”.

- Não se vai candidatar às eleições presidenciais, deixando-nos assim muito mais descansadinhos.

Por fim, Santana encerrou a entrevista dizendo que admirava José Sócrates – “Ele está a ir bem. Eu gosto do estilo dele (aliás, até o acho muito bem-parecido…mas atenção! que eu não gosto desses colos)". BF