quarta-feira, abril 20, 2005

Redondamente trafulha

Estou mais descansadinho. Fiquei a saber que são “redondamente mentira” as acusações feitas pela juíza do processo “Apito Dourado” relativas ao alegado (como adoro esta palavra!) envolvimento de Major & Filho em casos de corrupção.

“Quero afirmar de forma peremptória que não tenho conhecimento de ser arguido no processo designado Apito Dourado”. (O processo é “designado Apito Dourado” e não simplesmente “Apito Dourado” porque é uma realidade estranha ao Major. “Apito Dourado? Já ouvi falar...”)

Depois de ter dito “Vou cumprir religiosamente o que a Sra. Juíza determinou. (...) Dos vários cargos que tenho, suspendeu-me de dois deles: Presidente da Liga de Clubes e Presidente da Empresa Metro do Porto. (...) Repito, suspendeu-me, não me demitiu!” e, dessa forma, ter-nos ensinado que afinal os tribunais também podem demitir alguém, o Sr. Valentim decidiu voltar a tocar no assunto dos seus vários cargos, lembrando que “se não houver despacho de acusação por parte do Ministério Público, as medidas de coacção de suspensão do exercício das minhas funções vão ao ar. Ficarei muito triste se isso acontecer, porque as pessoas vão dizer que volto às minhas antigas funções, não porque o tribunal o tivesse decidido, mas porque deixou arrastar as coisas e elas vão ao ar por caducidade.”
Em primeiro lugar, é giro descobrir o masoquismo no Major, quando fica muito triste que o Ministério Público se esqueça dele. Por outro lado, é interessante ver como se junta ir ao ar e caducidade na mesma frase.

Houve ainda tempo para o Major, como que numa reminiscência dos seus tempos de criança, quando acusava o mano de também não lavar os dentes e fazer xixi antes de ir para a cama, tentar desviar o assunto com um silogismo categórico rebuscado: “Quando um processo está em inquérito e em segredo de justiça, ninguém pode falar do conteúdo desse processo, e se o Expresso diz que é uma fonte judicial que lhe dá conhecimento do despacho da juíza, então alguém está a violar o segredo de justiça, e será uma fonte judicial.”



O Major é o maior! JB