segunda-feira, março 20, 2006

Breve Reflexão sobre Sabedoria Popular

“Quem não arrisca, não petisca” diziam os antigos. Pois bem. Chegado é o momento em que disseco este naco de sapiência.

Quadrado e óbvio ao primeiro olhar, este conselho paternalista esconde, na verdade, uma subtileza afirmativa em que poucos se deram ao trabalho de reparar. Senão vejamos. O entendimento habitual de “se não arriscares, não vais conseguir o que queres” peca, quanto mais não seja, por defeito. O risco, entenda-se, não é indispensável à obtenção do que desejamos. É bem possível viver uma vida sem nunca arriscar. Mas o petisco, esse, é apenas e só dos audazes. Petiscar não pode aqui, então, ser lido em sentido amplo. Petiscar não é ter, nem tão pouco simplesmente comer. Petiscar é muito mais do que isso. É tocar no que de melhor existe, sentir o raro e prazenteiro, saborear o supra-sumo do sabor. Falamos aqui, portanto, de petiscar stricto senso.

“Quem não arrisca, não petisca” diziam os antigos. Pois bem. Chegado é o momento em que advogo um uso mais rigoroso desta expressão. BF

3 Comments:

Blogger Navalha said...

meu amigo isso está tudo completamente errado; na escola de coimbra, a doutrina diverge radicalmente. tanta jurisprudência subiu-lhe, mais que certo, à sua cabecinha impressionável.

21 março, 2006 11:05
Anonymous Anónimo said...

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19 julho, 2006 14:26
Anonymous Anónimo said...

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22 julho, 2006 20:19

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